Qual o sentido da vida?
Ela mesma! A vida busca preservar-se. Eis a noção do bem universal: o que preserva é bom, o que destrói é mau. A morte não é finalidade, é fim.
Mas o que se conserva?
Não o mesmo, que sempre igual a si mesmo poderia ser o todo, mas também o nada. Não poderia ser princípio, pois para ser sucedido teria de mudar. Mais bem o mesmo sem movimento é a morte. O movimento é a regra da vida.
Para preservar-se na mudança a vida precisa mudar: permanência no movimento, conservação na mudança, variedade na identidade. Eis o conflito inerente à vida e que a torna tão maravilhosamente dinâmica e tão apaixonadamente trágica: o organismo vivo num tênue equilíbrio homeostático com o seu ambiente, lutando contra a indiferença de um universo aleatório.
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