sábado, 6 de novembro de 2010
Mobilização pela FAPERGS
Sem saber e sem pedir fui indicado este ano pela Governadora Yeda Crusius para integrar o Conselho da FAPERGS (http://www.fapergs.rs.gov.br/). Fiquei muito honrado com a distinção, mas como é do meu feitio não pretendo apenas comparecer a reuniões. Pretendo defender a pesquisa e o desenvolvimento (P&D) na Universidade, mas tenho convicção, por experiência própria, que o ciclo virtuoso só se consolida quando as empresas passam a investir em P&D diretamente com vasos comunicantes com a academia. A oportunidade agora é a mobilização pela aprovação de três emendas ao orçamento do Estado para 2011, já encaminhado pelo Governo à Assembléia Legislativa do RS.
A Comissão de Orçamento da AL tem até o dia 11 de novembro para apreciar as emendas. O relator da comissão é o Deputado Kalil Sehbe, que já foi Secretário de Ciência e Tecnologia e conhece a situação. Entretanto, como política é a arte da pressão e do escorregão, sempre cabe alguma ação.
As três emendas - duas populares (uma de R$45 e outra de R$4 milhões) e outra do Deputado Adão Villaverde (R$2,5 milhões) - aumentariam a previsão de repasse em 2011 para R$62,5 milhões, já que o Orçamento encaminhado pelo Executivo repete o mesmo valor do orçamento de 2010: R$11 milhões. Os R$62,5 ainda estão aquém dos R$70 milhões necessários para dar andamento aos projetos previstos e seriam apenas 32% dos R$219 milhões, correspondentes aos 1,5% da Receita Líquida que a Constituição Estadual determina. Vale dizer que por muitos anos a FAPERGS não tinha estrutura operacional para viabilizar a aplicação dos recursos. Felizmente, este não é mais o caso.
A Agenda 2020 (http://bit.ly/5fxVXr), resultado de um amplo debate na sociedade, apontou que ser "referência em inovação e tecnologia" é um dos três diferenciais competitivos que o RS deveria buscar persistentemente para viabilizar a visão de ser "o melhor estado para se viver e trabalhar". Isso não pode ficar só no discurso! Não se pode ser referência em inovação sem investir em ciência e tecnologia (C&T).
Concedo que investimentos privados locais podem ocorrer independentemente do investimento público. Porém a sinalização política é dada por este. Nesse aspecto, o repasse à FAPERGS é um limitante à capacidade de atração de investimento de organismos federais (BNDES, FINEP), internacionais (Banco Mundial) e até mesmo de grandes empresas (Vale, Microsoft) que requerem uma contrapartida mínima do governo local para investir em programas de fomento à pesquisa e desenvolvimento no Estado.
Se o Estado quer ser referência em inovação e tecnologia, a realidade está muito longe do discurso e isso é uma responsabilidade de todos nós, não apenas do Executivo. Se a Agenda 2020 teve inspiração nas entidades empresariais, estas têm uma responsabilidade muito maior nesta correção de rumos. Demonstro a seguir a distância que separa o discurso da prática.
Os dados comparativos de que disponho são de 2009. Comparam os repasses a 17 das 22 FAPs no Brasil (http://bit.ly/bIwnTk). Em termos absolutos, o RS está em 12º lugar, mas o gráfico é mais eloquente.
O RS investe em C&T apenas 1,4% do que SP. Sem contar que a FAPESP tem ainda fontes de recursos próprios, vedadas por lei à FAPERGS (um PL que altera isso está para enviado pelo Executivo à AL).
Se considerarmos o investimento por habitante, o RS cai ainda mais: para o 15º lugar.
A prática dos governos, independentemente de partido, se distancia cada vez mais do das intenções da sociedade (Agenda 2020) e do próprio discurso político (os 1,5% da Constituição Estadual) como demonstra a tabela abaixo. A tabela mostra que o % repassado nos quatro anos de mandato dos últimos quatro governadores, se distancia cada vez mais do que manda a Constituição.
Governador_ Receita Líq._ Repasse FAPERGS % Repassado
Britto______ 12.174,56 ___ 42,19 ________0,35%Olívio _____ 16.344,33 ____49,36 ________0,30%
Rigotto ____ 34.968,20 ____57,31 ________0,16%
Yeda _____ 50.629,53 ____48,70 ________0,10%
________(valores em R$ milhões)
Repito: a responsabilidade por este estado de coisas não é só do Executivo. De fato, o cobertor das finanças é curto para tantas demandas e desmandos de tantos setores da sociedade gaúcha. Não há como fazer omelete sem quebrar ovos. Definir prioridades não é dizer o que se quer, mas sim fazer escolhas. Querer tudo é coisa de criança. Definir prioridades é incorrer no custo de oportunidade daquilo que se deixa de fazer quando se opta por uma alternativa, com a consciência de que ela é a melhor.
Por exemplo, a origem dos recursos apontada pelas três emendas são verbas destinadas ao pagamento de precatórios (dívidas do Estado com seus cidadãos), que aliás tem, por lei a destinação dos mesmos 1,5% da Receita Líquida. Eu, por meu turno, acredito que viabilizar o futuro é mais importante do que saldar o passado. Entretanto, muitas pessoas e até entidades empresariais hesitam na hora de se posicionar.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
The true digital divide
Broadband Internet access is being worded as "the" digital divide between those that are connected and those that are not. What is at stake here is a matter of resources: communication channels, IP addresses and, of course, investment.
Once this first barrier is surpassed it will be unveiled another twofold digital divide. Remote previously unconnected places will engage the connected world mainly as consumers of information content and as users of tools, both produced and developed abroad.
I have doubts if the developed and rich part of the world will devote the same effort and resources to overcome this new divide in a true digital world as it is devoting to overcome the access barrier.
Anyway these considerations are not made with the intention to delay the pace of inclusion in this brave new digital world but to initiate debate on the ways to deal with this other divide and its implications.
Once this first barrier is surpassed it will be unveiled another twofold digital divide. Remote previously unconnected places will engage the connected world mainly as consumers of information content and as users of tools, both produced and developed abroad.
I have doubts if the developed and rich part of the world will devote the same effort and resources to overcome this new divide in a true digital world as it is devoting to overcome the access barrier.
Anyway these considerations are not made with the intention to delay the pace of inclusion in this brave new digital world but to initiate debate on the ways to deal with this other divide and its implications.
sábado, 17 de abril de 2010
Cap.1 Escravos do Tempo - Parte 6
Tempo Efêmero – Vida Virtual
Todos idolatram a inovação, o conhecimento e a informação como se fossem fins em si mesmos. Esquecem que a informação é um instrumento, embora seja um poderoso cinzel. Ao invés de usá-la como escultores, muitos se deixam moldar por ela, tornado-se as próprias esculturas. Aqui, vale citar Tzvetan Todorov : “A ciência não produz valores, só conhecimento, a política e a moral é que produzem valores. Toda pretensão de fundar a política ou a moral sobre a ciência é uma impostura, porque se pretende que são por razões científicas que preferimos uma política a outra. Na realidade, é sempre porque nossa vontade escolheu tal valor ou outro.”
Há uma enorme indústria de mídia, cuja matéria-prima é a novidade, a notícia que, depois de consumida, perde seu valor. O diferencial competitivo entre produtos, empresas e pessoas, relacionado à inovação, é cada vez mais efêmero. Se um produto inovador faz sucesso, logo em seguida é copiado. Se uma empresa inova na forma de prestar um serviço, logo é imitada. A velocidade de difusão da informação torna a diferença efêmera, a obsolescência rápida e faz da padronização a regra. A qualidade total, em produtos e serviços, normatizada e adotada universalmente, é um requisito que, em pouco, não constitui mais diferença.
A moda, impulsionada pela mídia e pela comunicação, também é cada vez mais universal e, paradoxalmente, efêmera. Há uma moda universal, de massa, e uma moda local, segmentada. Só que o “local” não tem mais nada a ver com a localização geográfica. A comunicação entre grupos com interesses comuns cria estilos de vida típicos, independentes de origem ou país. O vínculo cultural local e natural é substituído por um vínculo cultural virtual e adotado. Estudam-se hábitos de consumo, os tipos são catalogados e classificados por um mercado fornecedor que lhes oferece produtos sob medida. Neste processo, a diferenciação é catalogada, estereotipada e produto e consumidor se padronizam mutuamente.
Lê-se mais jornal do que livros, pois não há tempo a perder. Entretanto, jornalismo e filosofia lidam com informação e conhecimento de formas opostas. À filosofia interessa a informação mais perene: a verdade essencial e permanente. O jornalismo lida com a notícia: a novidade imediata e fugaz. Enquanto a sabedoria mais antiga é a melhor filosofia, a notícia de ontem já é velha. A filosofia sonda os aspectos mais sutis das idéias e das palavras, procura a perspectiva múltipla que questiona a si mesma, buscando o olhar mais incomum para tornar-se mais universal. O jornalismo, assim como a propaganda que o alimenta, busca a universalidade pela identidade. Usa a linguagem popular, local e comum, traduzindo e filtrando tudo o que possa não ser compreendido pela cultura em que se insere. Nos tempos que correm, a inundação de notícias, propaganda e informações fugazes é tanta que o público perdeu a noção das antigas verdades maiores. Assim, elas ganharam ares de novidade, viraram notícia. Boa nova: a sabedoria reciclada em auto-ajuda é comercializada nas esquinas da Internet da mesma maneira que os sofistas faziam na antiga Atenas.
A pessoa não mais interessa. Interessa a imagem que ela projeta. A mídia celebra a imagem. As relações não se fundam mais na convivência, no relacionamento, não há tempo para isso. As relações são trocas pontuais e fragmentadas, retalhos de imagens projetadas nos diversos meios em que o indivíduo circula. Nessa lufa-lufa, não é de se admirar que os indivíduos percam a noção de si mesmos. Afinal quem sou eu? Onde está o meu valor como pessoa? A resposta a estas questões fundamentais é dada rapidamente, pois, afinal, não há tempo a perder. Fica-se na casca da personalidade, nas “personas”, nas máscaras sociais, nas imagens projetadas. “Fulano é um executivo de sucesso. Seu valor pode ser atestado pelo crescimento da sua empresa.” E então o próprio fulano se vê assim. Quem sou eu? Sou um executivo de sucesso! Um papel assume a preponderância e nele se centra toda a sua vida. Não é de se admirar que lhe falte equilíbrio, que se sinta muitas vezes um pai medíocre ou uma pessoa sem amigos verdadeiros. É natural que se sinta inseguro em relação ao seu valor pessoal, pois o valor da imagem na qual está centrado lhe pode ser retirado, de uma hora para a outra, por circunstâncias fora do seu controle.
Administrar o tempo-vida é uma questão de valores e de auto-conhecimento. É uma questão ética e moral. É uma única questão que não se situa no campo da administração ou da economia, mas no da filosofia. E esta questão é: “O que fazer do meu tempo?”. A resposta que cada um dá a esta questão define o significado e o valor da sua vida.
Os dois pilares da sabedoria no templo de Apolo, em Delfos, eram: “Conhece-te a ti mesmo” e “Nada em excesso”: auto-conhecimento e equilíbrio. Até que ponto conhecer e aceitar a si mesmo e até que ponto mudar? Até que ponto aceitar as circunstâncias e até que ponto buscar modificá-las? Reconhecer que a mudança interior é a base necessária para a mudança das circunstâncias. Refletir sobre estas questões é o que torna as pessoas livres e responsáveis: homens de ouro, na acepção platônica. Este é o início da correta administração do tempo. Não ter tempo para elas é escolher manter-se como homens de ferro, escravos do tempo.
Todos idolatram a inovação, o conhecimento e a informação como se fossem fins em si mesmos. Esquecem que a informação é um instrumento, embora seja um poderoso cinzel. Ao invés de usá-la como escultores, muitos se deixam moldar por ela, tornado-se as próprias esculturas. Aqui, vale citar Tzvetan Todorov : “A ciência não produz valores, só conhecimento, a política e a moral é que produzem valores. Toda pretensão de fundar a política ou a moral sobre a ciência é uma impostura, porque se pretende que são por razões científicas que preferimos uma política a outra. Na realidade, é sempre porque nossa vontade escolheu tal valor ou outro.”
Há uma enorme indústria de mídia, cuja matéria-prima é a novidade, a notícia que, depois de consumida, perde seu valor. O diferencial competitivo entre produtos, empresas e pessoas, relacionado à inovação, é cada vez mais efêmero. Se um produto inovador faz sucesso, logo em seguida é copiado. Se uma empresa inova na forma de prestar um serviço, logo é imitada. A velocidade de difusão da informação torna a diferença efêmera, a obsolescência rápida e faz da padronização a regra. A qualidade total, em produtos e serviços, normatizada e adotada universalmente, é um requisito que, em pouco, não constitui mais diferença.
A moda, impulsionada pela mídia e pela comunicação, também é cada vez mais universal e, paradoxalmente, efêmera. Há uma moda universal, de massa, e uma moda local, segmentada. Só que o “local” não tem mais nada a ver com a localização geográfica. A comunicação entre grupos com interesses comuns cria estilos de vida típicos, independentes de origem ou país. O vínculo cultural local e natural é substituído por um vínculo cultural virtual e adotado. Estudam-se hábitos de consumo, os tipos são catalogados e classificados por um mercado fornecedor que lhes oferece produtos sob medida. Neste processo, a diferenciação é catalogada, estereotipada e produto e consumidor se padronizam mutuamente.
Lê-se mais jornal do que livros, pois não há tempo a perder. Entretanto, jornalismo e filosofia lidam com informação e conhecimento de formas opostas. À filosofia interessa a informação mais perene: a verdade essencial e permanente. O jornalismo lida com a notícia: a novidade imediata e fugaz. Enquanto a sabedoria mais antiga é a melhor filosofia, a notícia de ontem já é velha. A filosofia sonda os aspectos mais sutis das idéias e das palavras, procura a perspectiva múltipla que questiona a si mesma, buscando o olhar mais incomum para tornar-se mais universal. O jornalismo, assim como a propaganda que o alimenta, busca a universalidade pela identidade. Usa a linguagem popular, local e comum, traduzindo e filtrando tudo o que possa não ser compreendido pela cultura em que se insere. Nos tempos que correm, a inundação de notícias, propaganda e informações fugazes é tanta que o público perdeu a noção das antigas verdades maiores. Assim, elas ganharam ares de novidade, viraram notícia. Boa nova: a sabedoria reciclada em auto-ajuda é comercializada nas esquinas da Internet da mesma maneira que os sofistas faziam na antiga Atenas.
A pessoa não mais interessa. Interessa a imagem que ela projeta. A mídia celebra a imagem. As relações não se fundam mais na convivência, no relacionamento, não há tempo para isso. As relações são trocas pontuais e fragmentadas, retalhos de imagens projetadas nos diversos meios em que o indivíduo circula. Nessa lufa-lufa, não é de se admirar que os indivíduos percam a noção de si mesmos. Afinal quem sou eu? Onde está o meu valor como pessoa? A resposta a estas questões fundamentais é dada rapidamente, pois, afinal, não há tempo a perder. Fica-se na casca da personalidade, nas “personas”, nas máscaras sociais, nas imagens projetadas. “Fulano é um executivo de sucesso. Seu valor pode ser atestado pelo crescimento da sua empresa.” E então o próprio fulano se vê assim. Quem sou eu? Sou um executivo de sucesso! Um papel assume a preponderância e nele se centra toda a sua vida. Não é de se admirar que lhe falte equilíbrio, que se sinta muitas vezes um pai medíocre ou uma pessoa sem amigos verdadeiros. É natural que se sinta inseguro em relação ao seu valor pessoal, pois o valor da imagem na qual está centrado lhe pode ser retirado, de uma hora para a outra, por circunstâncias fora do seu controle.
Administrar o tempo-vida é uma questão de valores e de auto-conhecimento. É uma questão ética e moral. É uma única questão que não se situa no campo da administração ou da economia, mas no da filosofia. E esta questão é: “O que fazer do meu tempo?”. A resposta que cada um dá a esta questão define o significado e o valor da sua vida.
Os dois pilares da sabedoria no templo de Apolo, em Delfos, eram: “Conhece-te a ti mesmo” e “Nada em excesso”: auto-conhecimento e equilíbrio. Até que ponto conhecer e aceitar a si mesmo e até que ponto mudar? Até que ponto aceitar as circunstâncias e até que ponto buscar modificá-las? Reconhecer que a mudança interior é a base necessária para a mudança das circunstâncias. Refletir sobre estas questões é o que torna as pessoas livres e responsáveis: homens de ouro, na acepção platônica. Este é o início da correta administração do tempo. Não ter tempo para elas é escolher manter-se como homens de ferro, escravos do tempo.
Resposta Atrasada
Quero agradecer os comentários do Sanches e do Bruno.
O Bruno fez uma pergunta objetiva e eu gosto de responder objetivamente. Sim, eu uso smartphone sincronizado com o Outlook. Na verdade eu vivo experimentando novidades. Já usei vários Palms e agora uso o Iphone.
Minha rotina de trabalho é no computador e com muita comunicação por e-mail e skype. Então, a base da minha organização é o MS Outlook. O Outlook 2003 não era muito flexível, mas o Outlook 2007 (em conjunto com o One Note) pode ser adaptado para usar o método PowerSelf no que tange à organização. A dica é o uso de sinalizadores para os e-mails e contatos. Para compromissos com hora, minha agenda é o Outlook sincronizado com o Iphone.
Mas não deixei de usar o Power Planner. Acredito que as ferramentas em papel têm um caráter de visualização holística que a eletrônica ainda não conseguiu alcançar. Além disso, o imediatismo da entrada de dados em papel está mais adequado às exigências de velocidade destes novos tempos do que os gadgets informáticos. Paradoxo: a eletrônica aumentou a velocidade das interações, com isso aumentou a pressa das pessoas e ainda não tem a velocidade suficiente para satisfazer esta ansiedade.
Particularmente, uso o Plano Diário para fazer o planejamento do dia (decisão sobre prioridades e confirmação dos compromissos agendados no Outlook) e as Notas Diárias para anotação dos contatos ao longo do dia. Estes dois formulários já fazem parte dos meus hábitos.
Outros três formulários eu uso como disciplina - isto é, nem sempre e com esforço :-). Assim é que uso o Índice das Notas como uma forma de disciplinar a sua revisão. Outros formulários que me disciplino a usar são a Avaliação Semanal e o Plano Semanal.
Aliás, creio que o planejamento com uma visão maior funciona melhor se feito semanalmente e no papel.
Essa minha intuição que é bem antiga, parece ser confirmada pelo sucesso dos métodos ágeis de gerenciamento de projeto em detrimento da abordagem tradicional de montagem de cronogramas e orçamentos. O modelo de gestão adaptativo está tomando o lugar do preditivo, pelo menos na indústria de software e internet, que costumam ser precursoras das inovações.
Este é um dos temas que estou desenvolvendo na nova versão do livro. Um parto de elefante ao qual só consigo me dedicar esporadicamente. Entretanto, nos últimos seis meses, dediquei-me um pouco mais e consegui bastante progresso. Esse foi o principal motivo de ter deixado este blog meio de lado. E por isso peço desculpas por esta resposta tardia.
O Bruno fez uma pergunta objetiva e eu gosto de responder objetivamente. Sim, eu uso smartphone sincronizado com o Outlook. Na verdade eu vivo experimentando novidades. Já usei vários Palms e agora uso o Iphone.
Minha rotina de trabalho é no computador e com muita comunicação por e-mail e skype. Então, a base da minha organização é o MS Outlook. O Outlook 2003 não era muito flexível, mas o Outlook 2007 (em conjunto com o One Note) pode ser adaptado para usar o método PowerSelf no que tange à organização. A dica é o uso de sinalizadores para os e-mails e contatos. Para compromissos com hora, minha agenda é o Outlook sincronizado com o Iphone.
Mas não deixei de usar o Power Planner. Acredito que as ferramentas em papel têm um caráter de visualização holística que a eletrônica ainda não conseguiu alcançar. Além disso, o imediatismo da entrada de dados em papel está mais adequado às exigências de velocidade destes novos tempos do que os gadgets informáticos. Paradoxo: a eletrônica aumentou a velocidade das interações, com isso aumentou a pressa das pessoas e ainda não tem a velocidade suficiente para satisfazer esta ansiedade.
Particularmente, uso o Plano Diário para fazer o planejamento do dia (decisão sobre prioridades e confirmação dos compromissos agendados no Outlook) e as Notas Diárias para anotação dos contatos ao longo do dia. Estes dois formulários já fazem parte dos meus hábitos.
Outros três formulários eu uso como disciplina - isto é, nem sempre e com esforço :-). Assim é que uso o Índice das Notas como uma forma de disciplinar a sua revisão. Outros formulários que me disciplino a usar são a Avaliação Semanal e o Plano Semanal.
Aliás, creio que o planejamento com uma visão maior funciona melhor se feito semanalmente e no papel.
Essa minha intuição que é bem antiga, parece ser confirmada pelo sucesso dos métodos ágeis de gerenciamento de projeto em detrimento da abordagem tradicional de montagem de cronogramas e orçamentos. O modelo de gestão adaptativo está tomando o lugar do preditivo, pelo menos na indústria de software e internet, que costumam ser precursoras das inovações.
Este é um dos temas que estou desenvolvendo na nova versão do livro. Um parto de elefante ao qual só consigo me dedicar esporadicamente. Entretanto, nos últimos seis meses, dediquei-me um pouco mais e consegui bastante progresso. Esse foi o principal motivo de ter deixado este blog meio de lado. E por isso peço desculpas por esta resposta tardia.
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